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CRISTO RAUL DE YAHWEH E ZION

A CRIAÇÃO DO UNIVERSO SEGUNDO O GÉNESIS . UMA INTRODUÇÃO À COSMOLOGIA DO SÉCULO XXI

 

TERCEIRA PARTE .

CRIAÇÃO DA ESCADA DE ELEMENTOS NATURAIS

 

CAPÍTULO 12

SOBRE AS TREVAS

 

95. O texto bíblico não mente. No quarto dia do Génesis, é-nos dito que Deus criou as estrelas para separar a Luz das Trevas. Passo a citar: "E assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares, o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite, e as estrelas, e pô-las no firmamento dos céus para alumiar a terra, e para governar o dia e a noite, e para separar a luz das trevas". Quem é que nunca leu este texto: "E criou Deus as estrelas, e pô-las no firmamento dos céus, para fazer separação entre a luz e as trevas". O autor do Génesis diz-nos primeiro que Deus criou a Luz, e depois declara que, uma vez criada a Luz, Ele a separou das Trevas.

96. Ora, as opções que se nos apresentam são as que são, e não admitem reviravoltas. Deus criou a Luz, depois a separou das trevas e criou as estrelas para separar a Luz das trevas. A questão é saber o que aconteceria agora se, onde Moisés escreveu Luz, colocássemos o manto de gelo cuja criação acompanhámos. Será que a atmosfera começa a aquecer? E se pegarmos em lápis e papel e traçarmos linhas. Desenhamos um círculo num dos cantos do papel e chamamos-lhe Terra. No lado oposto, desenhamos outro círculo e chamamos-lhe Trevas. Agora desenhamos uma parede de separação no meio entre a Terra e as Trevas, a que chamamos Estrelas. Esta é a imagem que obtemos ao colocar Terra onde Moisés colocou Luz. E, de facto, se olharmos para o céu, vemos que os Céus funcionam como um muro de separação entre a Terra e o cosmos exterior.

97. Conclusão: Se Deus criou a Luz e a separou das trevas, então a Terra estava nessa altura na região de que as estrelas agora a separam. Ou, por outras palavras, antes de Ele ter criado a Luz, a Terra estava no meio das trevas.

98. Percebo que esta forma simples de fabricar a lógica pode parecer ao leitor uma arte sinistra de complicar ainda mais as coisas. A verdade é que, por mais que eu queira, não consigo encontrar a complicação, e talvez seja por isso que me atiro à recriação dos acontecimentos geo-históricos sem pensar na opinião dos séculos. Na hora da verdade, que é a que nos interessa aqui, o problema é saber onde, em que região do espaço sideral estão essas trevas que cobriam a face do Abismo quando Deus disse: Faça-se a luz.

99. A Revelação limita-se a informar-nos sobre a distância astronómica que Deus colocou entre as trevas e a luz. Não dá números ou coordenadas intergalácticas. Diz-nos que Deus criou a Terra e que, entre a Terra e a sua região de origem, colocou os Céus. Uma tradução maravilhosa e revolucionária que nos deixa pregados ao assento e nos coloca exatamente onde o nosso Criador nos queria ver: no meio das trevas e a olhar para os céus. De que serve, então, ter os pés assentes na terra se, no final, quem tem a cabeça nas nuvens é quem vê melhor as coisas?

100 - Uma pergunta suplementar se impõe: será que Deus criou as estrelas para separar a Terra da sua região de origem, sem outra razão senão a de desenhar na abóbada do firmamento o zodíaco, ou será que, por outra razão, deu aos céus dimensões galácticas? A resposta positiva implica a afirmação de uma impossibilidade histórica, nem mais nem menos do que a de que um homem de há três mil e quinhentos anos teria compreendido, sem nunca ter observado o cosmos, que o nosso Universo é uma Galáxia no coração de um oceano de galáxias em movimento, razão pela qual Deus deu aos nossos Céus as suas actuais dimensões astronómicas.

 

CAPÍTULO 13

CRIAÇÃO DA ESCADA DE ELEMENTOS NATURAIS

 

101. Mas continuemos. Criada a Luz (processo que descrevemos seguindo a linha do tempo com que Deus, desde o Seu Génesis, tem desafiado a Ciência de todos os tempos, caminhando por essa linha chegamos à Fusão da Crosta Primordial e consequente Sublimação da Atmosfera Primordial, fábrica onde Deus produziu o Manto de Gelo que durante a Manhã do Primeiro Dia cobriu a esfericidade do planeta Terra, e sem julgar os processos mecânicos, dada a naturalidade do assunto: Derretimento da Primeira Crosta e Sublimação da Atmosfera Primordial), deixámos o assunto da Revelação um pouco no ar, até que a ocasião nos permita voltar a pôr os pés no chão.

102. E, sem entrar em mais pormenores, voltamos ao Texto, lendo cujas letras concordamos que a definição do Verbo Criador, por cuja identidade sai do terreno das metáforas, hipérboles, mitos e outras entidades de lenda, fez da "Luz" uma Chave de Champolion, servindo-se dela para interpretar o Apocalipse, contra toda a opinião, teológica ou científica, hoje subscrita, como dizendo que Deus separou a Terra da sua região de origem e a introduziu nos Céus, conclusão que se deduz do Texto: "e Deus viu que a Luz era boa, e separou-a das Trevas", afirmação que, à luz desta Interpretação, me leva a admirar a coragem que o autor Humano pôs nela ao ousar, sem ciência, confessar tal afirmação de separação Luz-Escuridão pela mão do mesmo Deus que criou a Terra e os Céus. É precisamente na ignorância de Moisés que reside a Sabedoria de quem lhe ditou o Texto e, pelo seu silêncio, o seu Escriba tornou-se o homem mais sábio do seu tempo. Numa secção dedicada à Ignorância de Moisés como Escriba de Deus, voltaremos ao tema da Omnisciência do Senhor que lhe ditou o Relato da Criação do Universo. Ou será que tudo não começou para nós quando a Terra foi criada?

103. Sabemos que se diz que a verdadeira história do Homem é anterior à existência da Terra. Ora, nem a existência do Homem é transcendental ao Cosmos, nem o conhecimento da estrutura das galáxias é vital para a existência do Homem. Assim, se o Homem não existisse, o Cosmos continuaria onde está, seguindo o seu próprio caminho, e se o Homem não conhecesse a estrutura do Cosmos, o Homem não deixaria de ser o que é. Isto não quer dizer que a importância do Conhecimento do Universo não tenha um valor existencial específico para nós; e é para deixar claro que o conhecimento que é de transcendência vital para o Homem como Ser é o Conhecimento de Deus; e como em Deus vem o Criador, a Ciência da Criação vem no lote, para falar com alegria no corpo.

104 - Alguns perguntarão porque é que então Deus guardou no Silêncio a Memória da Criação da Terra e dos Céus, separando o Criador em Deus do Senhor. Postura que Deus manteve em Cristo, mantendo a Fé e a Inteligência à maneira de dois braços unidos num só corpo, nascidos para obedecer à mesma Vontade, mas o movimento de cada braço sujeito ao pensamento da cabeça, sob cujos impulsos se move todo o corpo. E eu responderei a esta simples pergunta afirmando que foi assim na verdade. Ao mesmo tempo, negarei que, desde o princípio, Deus tivesse disposto o Conhecimento do Criador em Si mesmo ao longo desse padrão de crescimento sob as condições da Ciência do Bem e do Mal. Aconteceu como aconteceu, e não há remédio. E porque assim aconteceu, a Formação da Inteligência à Imagem e Semelhança da do nosso Criador sofreu um retrocesso no seu percurso, o que obrigou Deus, de facto, a colocar perante o Conhecimento da Ciência da Criação o Conhecimento da árvore da ciência do Bem e do Mal, cujo fruto, como sabemos, é a Guerra.

105 - Não sei se o leitor destas linhas compreendeu as leis dessa Ciência. Pela minha parte, creio que a estrutura desse Fruto está assumida e, com o conhecimento que vem da experiência, posso escrever o que, com o conhecimento que vem da teoria, tomou forma na linguagem do Primeiro Homem, a saber: "Maldito todo aquele que comer desse fruto, e maldito aquele que der a comer do fruto da Árvore da Ciência do Bem e do Mal". Confissão final que me leva de volta ao ponto de partida desta pequena viagem, falando da Separação da Luz que Deus efectuará depois de a ter criado nas Trevas. Escrevendo sobre isso, disse que, enquanto a Ignorância teve a sua Lei, a impossibilidade de entrar no seu Conteúdo levou alguns, teólogos, e outros, cientistas, a devolver a Deus a sua Génese embrulhada no papel das metáforas e dos mitos. Mas uma vez que a Luz foi traduzida pelo Manto de Gelo que no final do Primeiro Dia cobriu a superfície da Terra, Manto de Gelo produzido pela Sublimação da Atmosfera Primordial decorrente da Fusão da Crosta Primordial, nada mais nos resta do que deitar fogo ao papel da Tradição Teológica e da Cosmologia do Século XX, soprar sobre as cinzas, limpar a mesa e recomeçar a trabalhar a partir da Informação que Deus nos dá no seu Livro. Poderei voltar a este assunto numa outra secção, e talvez já o tenha feito numa secção anterior. Não importa. E digo isto não por ser daqueles que acreditam que uma verdade é mais ou menos verdadeira consoante o número de vezes que o martelo cai na cabeça do tolo do momento. Digo-o pensando que a vida é um pensamento que se faz a partir de raízes universais, e não é porque se sonha muitas vezes que esse sonho adquire mais sentido, nem porque se deixa de sonhar que o corpo perde o benefício que o repouso noturno lhe proporciona.

106 Porque a inconsequência do homem para o Cosmos é um facto; a Verdade existe em si mesma, mesmo que não haja ninguém no Universo. Eu posso deixar de existir neste momento, mas a Verdade estava antes de mim e continuará sem mim.

107. Quanto à minha mania de voltar a um ponto de restauração, que pode ser um hoje e outro amanhã, ela deve-se mais à necessidade de manter um ponto de referência comum entre escritor e leitor. Por inércia, o ensaísta tende a perder-se nos seus pensamentos e o leitor a agarrar-se a uma ideia específica. E sendo o caso em apreço de tal complexidade, por mais que eu gostasse de lhe passar o pano da simplicidade, o facto é que mandar a Cosmologia e a Teologia, tocando a sua posição face ao Génesis de Moisés, para longe da mesa de trabalho em cuja superfície se move o espírito da Inteligência de Deus neste século XXI, pressupõe um ato mais próximo da arte do que da ciência, partindo do princípio de que escrever é uma arte, e dar expressão ao pensamento é arte; algo com que pessoalmente concordo e que deduzo dos filósofos e dos heróis das revoluções do segundo milénio, os primeiros afiando a pena com a arte do polemista e os segundos a espada com a arte dos filósofos. Por duas vezes este casamento trouxe ao mundo dois acontecimentos para a eternidade: a Revolução Francesa e a Revolução Russa.

108. O problema, portanto, não está no Verbo, mas no uso da arte de sua ciência. Neste caso, a Verdade, e não o Poder, é o Princípio e o Fim. E, portanto, sendo o homem inconseqüente e a Verdade eterna, a opinião humana é pó sobre a mesa. Cuja superfície limpamos, a fim de colocar a Terra em seu lugar para o Dia em que Deus criou a Luz, e quando uma vez criada: "Ele a separou das Trevas".

109. Voltando ao ponto de restauração, direi que quem tiver dois olhos no rosto vê que quando a Luz foi criada nas Trevas, a Terra, sendo a Luz o manto de gelo que no final do Primeiro Dia cobria a sua superfície, a Terra estava nas Trevas. De cuja região Deus a separou após a criação da Luz, isto é, do Manto de Gelo que cobria a esfericidade da Terra no final do Primeiro Dia, como está escrito há três mil e quinhentos anos: "e Deus viu que a luz era boa, e separou-a das trevas". Se Ele a separou, é porque ela estava lá. E se Deus criou então as estrelas para separar a Luz das Trevas, como está escrito no Quarto Dia: "Deus fez os dois grandes luminares, o maior para governar o dia e o menor para governar a noite, e as estrelas; e colocou-os no firmamento dos céus para iluminar a Terra, e para governar o dia e a noite, e para separar a Luz das Trevas".

110. Então, traduzindo nesta Linha do Hieróglifo de Moisés "Luz" por "Manto de Gelo", temos que a Terra estava numa Região fora dos Céus. Uma tradução estonteante e espantosa que, se não fosse o facto de ser Deus a subscrevê-la e o Seu Escriba a escrevê-la com a Vara de Comando que usou para separar as águas do Mar Vermelho, a nossa inteligência seria disparada para o mundo dos extraterrestres e onde eu pusesse C de Cosmologia teria de pôr F de fantasia. Isto sentado, porque sentado merece, e como a porta está agora aberta, entremos.

111. Como é que Deus produziu esta mudança de uma região do Espaço Geral para a região onde ela se encontra atualmente, o autor nada disse sobre isso. Também não disse nada sobre a natureza específica da região de origem onde Deus criou a Terra. Nem vou entrar em mais pormenores nesta altura. Quando convier a esta Cosmologia, colocaremos um véu sobre o assunto. Basta, por agora, aceitar que Deus criou a Terra fora dos nossos Céus, para além das constelações da nossa galáxia, no Abismo coberto de Trevas.

112. De facto, voltando ao tema da Formação da Crosta Secundária e da Sublimação da Atmosfera Primordial, o facto de a Terra se encontrar numa região sujeita ao zero absoluto foi o acelerador usado por Deus para criar o Gelo. Vemos como Marte, estando a uma maior distância, a sua atmosfera não passou pelo processo de sublimação que a Terra passou. A singularidade que a Biosfera abre entre os planetas fala da existência de um período geo-histórico especial, que, por mais incrível que nos pareça, é descoberto no Apocalipse quando Deus declara que a singularidade da Biosfera obedece e é a resposta à região de origem onde Ele a criou. Esta afirmação espontânea leva-nos imediatamente ao problema do Poder do Criador do Universo. Pois se, intelectualmente falando, o processo de criação da Biosfera descobre na sequência acima a sua natureza científica, a objeção invencível tem a ver com a Natureza daquele Ser que não só pensa como fazer as coisas, mas também tem Poder Infinito para as realizar.

113 - Não sei se já o disse, mas se não o disse, digo-o agora: o Poder sem Inteligência não satisfaz a necessidade que a transformação da Realidade exige; e vice-versa, a Inteligência sem o Poder não passa de um sonho, de uma fantasia, de uma resposta ao vento. Neste caso, conhecendo Deus através da Teologia e o Universo através da Ciência, só nos resta fundi-los numa Nova Ciência, a Ciência da Criação, e seguir as suas leis e princípios. Neste caso, Deus sabendo que ao expor uma Atmosfera a uma região sujeita a zero absoluto o seu volume sublimaria e daria origem à criação de um Bloco de Gelo, e podendo fazê-lo, fê-lo. E chamou ao Bloco de Gelo Luz.

114 Mas a integração da Terra nos Céus foi preparada por Deus antes de abrir a boca e dar origem à sequência criadora da Luz. Não foi por sorte que Deus encontrou um sistema estelar de características planetárias compatíveis com a Terra. Antes de mergulhar no oceano das constelações leitosas, Deus sabia o que procurava, onde procurava, o que procurava e quais as características do sistema solar que procurava. E sabia-o porque Ele próprio formou a Sua estrutura planetária com o objetivo de não desencadear uma rejeição da integração da Terra no edifício solar.

115. O Génesis parte de uma plataforma anterior, a Terra e os Céus já estavam criados, e sobre a sua superfície nós partimos. Poderíamos ter começado esta viagem mergulhando nas profundezas do Tempo, mas preferi seguir a rota traçada por Deus de antemão, até porque Ele conhece o terreno melhor do que nós. No momento oportuno, quebrarei uma lança na tentativa de recriar a Criação do Sistema Solar. Enquanto isso não acontece, devemos colocar sobre a mesa as leis básicas necessárias para a compreensão de uma seqüência sistemática que tanto nos interessa.

116. Assim, a integração da Terra no Sistema Solar, por mais natural que possa parecer para aqueles que associam a Divindade ao poder de abrir a boca e mandar fazer tudo, envolveu a resolução de um mar de equações complexas, repletas de incógnitas e factores a ter em conta. Como qualquer outro sistema do Universo, o corpo solar não pode aceitar a integração de um novo elemento sem que ele próprio sofra uma transformação de estado. Ao pensar nesta simples regra universal de integração dos corpos astrofísicos em sistemas complexos, Deus assegurou a impossibilidade de rejeição ou de rutura destrutiva do Sistema Solar em resposta à integração da Terra na sua estrutura, criando o Sol, a Terra e a Lua com uma Origem comum no espaço e no Tempo.

117. Uma vez criados o Sol e os planetas com as suas luas e anéis, Deus procedeu ao isolamento da Terra, raiz da Confusão referida no Texto, para, depois de criar a Luz - como já vimos - voltar a unir a Terra e o Sol, momento em torno do qual gravitamos nesta secção. Esta integração tinha um caminho. E, no caminho, a camada de Gelo devia iniciar o seu percurso particular para a sua transformação em Ar e Água. Descrever esse percurso é o objetivo que nos propomos atingir na próxima secção.

118 E, finalmente, a consequência do lançamento da Terra na pista boreal (a porta através da qual a Terra entrou no campo elétrico do Sol) fez-se sentir na superfície do manto de gelo. O facto de a Terra ter entrado na sua órbita biosférica através desta pista boreal teve causas mais complexas do que aquela que nos interessa tratar aqui. Por agora, vamos abordar o derretimento do manto de gelo e as consequências físicas da sua aceleração até ao ponto crítico máximo no tempo de duração do seu processo. Elevação instantânea pretendida por Deus ao dar à Terra o acesso à pista norte.

119. O facto é que, ao dar à Terra acesso à pista norte, Deus estava a acelerar o processo de degelo do manto de gelo até à velocidade máxima permitida, bem como a fazer o mesmo com a consequente evaporação do produto resultante. O jogo de forças sobre o qual se acelerou o degelo do manto de gelo até à velocidade máxima possível combina forças clássicas e revolucionárias, e detém essa esquiva cosmologia quântica na origem de todos os processos astrofísicos de criação de matéria e energias electromagnéticas. Quanto mais se aproximava a aproximação Terra-Sol, quanto menor era a distância Sol-Terra, mais intenso era o processo de degelo da plataforma de gelo. É a velocidade do movimento de aproximação que nos leva a falar de sublimação. Neste sentido, a sublimação do manto de gelo foi uma evaporação direta. Para o compreendermos da forma mais simples possível, podemos compará-lo à aplicação de um ferro em brasa à superfície de uma barra de gelo. O Sol tornou-se uma barra de ferro em brasa na mão de Deus e a Terra uma barra de gelo. Não estou a falar em sentido figurado quando digo que, se Deus tivesse continuado a aplicar o ferro indefinidamente, a massa total da camada de gelo ter-se-ia transformado numa atmosfera. Pelo menos é essa a impressão que a extensão infinita do assunto cria. Eu diria que é uma mera aparência e nada mais. Aparência que nos convida a dar mais um passo em frente. E assegurar que a estabilidade do Universo em geral, e do nosso Sistema em particular, assenta em dois pilares básicos. O primeiro, já o vimos, é a transformação da energia em novas formas de energia. O segundo é a natureza eletrodinâmica da matéria cósmica fundamental.

 

CAPÍTULO 14

SEGUNDA LEI DO COMPORTAMENTO DO UNIVERSO

 

120 O estudo de Deus sobre o comportamento da Matéria Cósmica levou-O ao domínio da Astrofísica Eletrodinâmica. Durante as investigações de Deus sobre a natureza do espaço, da matéria e do tempo, na sua busca pelo domínio da Ciência da Criação, que lhe permitiria transformar a Realidade Universal, Deus observou como a matéria fundamental, apesar das suas transformações e saltos dimensionais no espaço geral, conserva as propriedades da sua natureza atómica. A descoberta da conservação das propriedades atómicas naturais da energia cósmica fundamental, independentemente da direção em que se desloca, abriu a Deus um horizonte criativo sem limites. Porque se, por maiores que sejam as distâncias percorridas no salto da matéria microcósmica para a macrocósmica, a natureza das suas forças electrodinâmicas se conserva, o cenário aberto à inteligência criadora é ilimitado. Além disso, esta descoberta, por si só, transforma as estrelas e as suas redes sistémicas em tijolos, em blocos, num campo de matéria-prima de onde se pode extrair toda a massa necessária para erguer edifícios constelacionais.

121. Assim, aplicando agora, se a primeira lei (transformação do campo gravitacional em luz) se opõe à contração ao infinito do universo, uma vez que a quantidade de energia não permanece estática na equação, uma instabilidade equacional derivada da transformação da gravidade em luz e forças electromagnéticas, uma condição de estabilidade exigida pela hipótese de dar livre curso à contração do campo universal num núcleo primordial, e que não é cumprida, uma realidade que a estabilidade do sistema astrofísico local demonstra; esta segunda lei - natureza eletrodinâmica dos campos gravitacionais - corta o movimento contrário (destruição por dispersão) ao erigir entre os sistemas siderais uma rede eletrodinâmica de comportamento. Ou seja, a operacionalidade desta lei de transformação da energia gravitacional em forças electromagnéticas e outras formas de energia luminosa, a operacionalidade desta lei, dizia eu, contra a dispersão por enfraquecimento constante do volume de energia universal: mantém a concentração a partir das leis da eletrodinâmica.

122 E, finalmente, a entrada em ação deste muro de proteção eletrodinâmico permite a existência de correntes gravitacionais em torno de continentes astrofísicos sujeitos a uma teoria de estruturas moleculares onde as partículas são estrelas.

123. A aplicação visível destas duas leis a um sistema estelar individual encontra-se no nosso. Por um lado, o campo magnético actua como um elo de ligação entre a Terra e o Sol. Este é extensível a todos os outros planetas. Por outro lado, o campo elétrico ergue uma barreira entre o Sol e a Terra. Poeticamente falando, poderíamos selar a situação desta forma: A Terra lançada no encontro impossível da sua destruição, a natureza do seu espírito positivo transformou a aparência em admiração quando a igualdade entre os signos resolveu o conflito. E continuamos.

124. Vou recriar mais ou menos simplesmente a primeira secção desta nova sequência geohistórica que teve lugar no Segundo Dia. Mas voltando ao assunto, a importação de um novo planeta pelo Sol significou a integração de um novo transformador de energia gravitacional, com as suas propriedades únicas, no seu sistema. Não é fácil determinar como é que esta mudança estrutural alterou a relação entre a família planetária, mas este era um fator que Deus conhecia por experiência e, com base nessa experiência, elaborou no papel todas as incógnitas antes de agir. O sucesso da aplicação da sua matemática à realidade não está longe de ser procurado; os resultados estão à vista de todos. Vamos concentrar-nos na Terra e no que a sua integração num campo gravitacional partilhado significou para o seu corpo físico.

125. Começarei por dizer que qualquer corpo de natureza astrofísica, desde que esteja isolado de qualquer outro corpo, apenas consome a sua própria energia. Enquanto, no Dia Zero, estava isolada na sua região de origem, a Terra alimentava-se do seu próprio campo gravitacional. A baixa taxa de transformação a que o seu núcleo estava a trabalhar mantinha o seu pulso num mínimo estável de revoluções. O problema é que o campo gravitacional continuava a aumentar a massa da crosta através do seu efeito de buraco negro. Por isso, a Terra tinha razões para estar confusa.

126 E Deus diz que estava vazia porque a Terra não podia sair daquela situação por si própria. Só estando ligada a uma rede de energia é que poderia ultrapassar o fim a que, entregue a si própria, foi conduzida. Quando Deus voltou e duplicou a energia do seu campo, acelerando a rotação do seu corpo externo, quebrou essa situação. Daí resultou, como já demonstrei, o derretimento da crosta primária e a criação do manto de gelo que cobriu o Globo no final do Primeiro Dia.

127. A energia fornecida, uma vez transformada em calor, tendo o Núcleo retornado a um novo estado de equilíbrio no final do Primeiro Dia, quando introduzida no Sistema Solar na aurora do Segundo Dia, a Terra encontrou-se subitamente na situação de um transformador ligado a uma rede eléctrica. A primeira reação do seu Núcleo foi passar de um estado de trabalho lento para um estado avançado. O que isto significa pode ser compreendido se nos lembrarmos de como a variação da energia com que o seu campo pode jogar o afectou no início do Primeiro Dia. O efeito a partir do qual é universalmente deduzido que o motor que mantém o movimento estelar constante é o Núcleo.

128. O movimento das estrelas e de todos os corpos no Universo, então, como é muito bem visto em nosso Sistema, tem uma singularidade. Todos eles giram sobre o seu eixo. O efeito físico natural deste tipo de movimento é, como se vê nos helicópteros, o movimento ascendente. Donde se deduz que todas as estrelas e os seus sistemas seguem uma trajetória ascendente. Como se disséssemos que o Universo se comporta como um corpo que se move eternamente para cima. Voltemos agora ao ponto em que deixei esta História.

 

 

QUARTA PARTE

CRIAÇÃO DA BIOSFERA

 

 

 

A VERDADE GERARÁ A JUSTIÇA E O FRUTO DA JUSTIÇA SERÁ A PAZ.